FORMIGAS

Animais muito comuns no nosso meio, as formigas são insetos apontados como a praga de maior dificuldade de controle da atualidade. A desinsetização de formigas requer paciência e bom senso. Formigas em um hospital podem trazer riscos à saúde, mas dentro de casa, em pequeno número, não implicam necessariamente em um grande problema, pois se alimentam de ninhos de baratas, eliminando-as da residência.

Para fazer a desinsetização das formigas em sua casa, primeiro encontre seu ninho, que costuma ser feito atrás de paredes, armários, tomadas elétricas, condutores de eletricidade, batentes, portas, janelas, frestas nas calçadas e até dentro de aparelhos eletrônicos. Ocorrem praticamente em todos ambientes terrestres, também podendo colonizar ambientes artificiais (aparelhos eletrônicos, edificações, etc.). Assim, algumas espécies encontram-se associadas ao homem e convivem em suas residências.

Vivem em colônias, o que favorece a luta pela sobrevivência, pois facilita a busca de alimentos, melhora a oportunidade de defesa, facilita o cuidado da cria e construção de refúgios. As colônias variam de tamanho, podendo ser formadas por algumas dezenas até muitos milhares de indivíduos.

As formigas atacam e defendem-se mordendo ou picando, por vezes injetando compostos químicos no animal atacado, em especial, o ácido fórmico.

A dieta das formigas é muito variada, a maioria é onívora, isto é, alimenta-se do que encontra, seja doce, animal ou vegetal. Algumas são carnívoras, enquanto outras se alimentam de seiva, néctar ou fungos.

Apesar da maioria das espécies de formigas serem consideradas benéficas ao homem e à natureza, os 5% restantes, as cortadeiras, são responsáveis por grandes perdas na agricultura. Elas cortam as plantas e transportam os pedaços para o formigueiro para o cultivo de um fungo do qual se alimentam. Com o corte contínuo de folhas e ramos tenros, as plantas sucumbem.

Principais espécies:

Tapinoma melanocephalum (formiga fantasma)

possuem cabeça e tórax escuros, e antenas, pernas e abdome claros. Andam em ziguezague, fazem trilhas irregulares e preferem alimentos adocicados. Fazem os ninhos pouco estruturados, dentro e fora das residências, atrás de azulejos, de batentes e rodapés, e mudam de local com freqüência.

Paratrechina longicornis (formiga louca)

cor variada do marrom escuro ao preto, antenas longas. Andam irregularmente, quase em semicírculos, daí a origem do seu nome (louca). Fazem ninhos fora e dentro dos prédios, atrás de pedras usadas em revestimentos de paredes e nas calçadas, atrás de janelas e forros.

Monomorium pharaonis (formiga faraó)

cor amarela a marrom claro, com abdome liso e brilhante, levemente escurecido na parte posterior. Apresenta altos riscos à saúde quando ocorre em hospitais, pois é vetor de bactérias patogênicas. Constroem os ninhos em pequenas cavidades em ambientes domésticos e preferem alimentos ricos em gorduras e substâncias doces.

Wasmannia auropunctata (formiga de fogo)

são muito pequenas, de cor marrom claro dourada com abdome mais escuro que o resto do corpo. São atraídas por carne e óleo, sua picada é dolorosa, a dor pode durar várias horas e o veneno causar alergias. Constroem os ninhos no solo ou nas árvores (parte interior ou sob casca) e podem infestar roupas, camas, berços e alimentos.

Solenopsis spp. (formiga lava-pés)

sua cor varia do amarelo claro ao marrom, até o preto brilhante, é de difícil identificação pois existem várias espécies. Alimentam-se de pequenos animais e alimentos domésticos. Sua picada é dolorida, provoca bolhas, alergias e até choque anafilático. Fazem os ninhos fora de casa e formam um murundum de terra solta. Podem infestar fiações, aparelhos elétricos e cabines de eletricidade.

Camponotus spp. (formiga carpinteira)

podem apresentar operárias de vários tamanhos, sua coloração varia do amarelo ao preto; produzem som ao movimentar-se dentro da madeira. Prefere substâncias adocicadas, mas pode alimentar-se até de pedaços de carne e ovos. Fazem o ninho em cavidades do solo, em árvores vivas ou mortas, batentes de janelas, portas, assoalhos e podem infestar aparelhos eletrônicos.

Pheidole spp. (formiga cabeçuda)

os soldados são maiores que as operárias; cor variando do avermelhado ao marrom e cabeça grande quando comparada ao corpo. Forrageiam (saem do ninho em busca de alimento) perto dos ninhos e alimentam-se de produtos ricos em proteínas e sucos de frutas. Em geral, fazem o ninho no solo, do lado de fora das construções, nas frestas das calçadas, ou dentro, nos rodapés de alvenaria ou madeira.

Crematogaster spp. (formiga acrobática)

sua coloração varia do amarelo ao marrom claro ou escuro. Seu abdome apresenta forma de coração. Alimentam-se de doces, manteiga e carnes e, quando perturbadas, levantam o abdome na vertical, eliminando substância química. Fazem os ninhos nos edifícios, em estruturas de madeira, ou no exterior, em madeira morta, ocos de árvores, folhas no solo, etc.

Acromyrmex spp. (formiga cortadeira)

cabeça um pouco alongada, com 4 pares de espinhos no tórax. As operárias apresentam tamanho variado. Seu trabalho é colher folhas que cortam em pedacinhos para alimentar o fungo criado dentro do formigueiro e que posteriormente servirá de seu alimento. Tem preferência por florestas cultivadas de pinus e eucaliptus, além de citrus. Os ninhos são feitos na superfície do solo e cobertos por folhas e gravetos e, às vezes, são subterrâneos. Podem ser encontradas também em áreas urbanas, como praças e jardins de residências e empresas.